Chegamos ao Fim

Bem senhores, hoje é segunda-feira. Já faz uma semana que voltamos e acho que já é tempo de finalizarmos essa jornada.
Agradeço a todos os que nos acompanharam e espero que tenham gostado de viajar com a gente.
Prometo avisar nas futuras empreitadas.
Muito obrigada novamente. Amamos os comentários de vocês.
Até a próxima.

Dicas para os Viajantes

Ontem foi dia da faxineira e estava a maior correria por aqui. Não deu tempo de postar nada. Mas hoje seguem algumas dicas preciosas para os futuros viajantes. 

Saúde

O mal de altura realmente existe. Não foi só a Dé que sofreu desse mal. Muitos turistas que encontramos disseram sofrer dele. As principais características são dor de barriga, diarréias, enjôo, dor de cabeça, falta de ar, dor no peito entre outras. 

Para isso recomendamos que assim que chegarem a locais de grande altitude tomem o chá de coca. Ele ajudará a evitar os sintomas. Existem as chamadas Soroche Pills. Mas elas contém ácido salicilico, então se você tiver alergia, não poderá tomar. Existem também as balas ou como eles chamam lá, os caramelos. Mas não são tão eficientes como o chá. 

Também é recomendado que você leve TODOS os seus remédios. Leve tudo o que você já precisou na vida, desde uma dor de cabeça até gripe, dor nas costas e de barriga. Existem farmácias lá mas é mais fácil já tomar uma medicação que você sabe que fará efeito pois todos os passeios são extensos. 

Compras

Se te perguntarem de que país você é, pode responder sem medo, do Brasil. O preço para brasileiros é bom ou pelo menos bem melhor que para europeus ou americanos. Se você tiver a aparência pode dizer que é estudante, o preço fica ainda melhor. Eu na minha cara de pau, mesmo sendo balsaquiana, me passei por estudante e ganhei desconto.

Confira sempre o seu troco, mesmo a vendedora mais simpática pode "sem querer" te dar o troco errado. Sem drama é só reclamar que o valor correto será restituído. 

As lojas de Cusco são bem mais baratas que as do Vale Sagrado ou as de Lima. Procure sempre perguntar o preço em mais de uma loja, o preço de uma camiseta por exemplo pode variar em 100%. 

Preste atenção no preço inicial que o vendedor falar. Eles têm uma estranha mania de falar uma coisa e cobrar outra no final. 

Passeios

A maioria dos nossos passeios já estava inclusa no pacote. A única exceção foi o dia livre que tivemos em Cusco. Como vocês puderam ver no post de Maras, Muray e Chinchero, existem muitas agencias de passeios no centro de Cusco com ótimos preços, é uma questão de pesquisar. 

Quando compramos o pacote aqui em São Paulo havia uma opção de passarmos a noite em Águas Calientes. Nessa opção seria possível visitar Machu Picchu novamente no dia seguinte. O passeio que fizemos foi muito rápido, não deu para sentar e curtir a paisagem, nem mesmo para explorar os cantinhos. 

Então se for possível peça esta opção com dois dias em Águas Calientes. Outra coisa é que em Águas Calientes vão te oferecer um passeio até as termas. Encontramos 2 turistas brasileiras que fizeram esse passeio. Segundo elas, ao chegar lá você encontra um quadrado azulejado onde vão enfiar um monte de gente. Ou seja, não vale a pena. Muito melhor subir até Machu Picchu e relaxar. 

Para quem gosta de passeio que incluem belezas naturais Lima não tem nada a ver. É uma cidade. Apesar de algumas ruínas como a que visitamos, é basicamente uma cidade, com shoppings, lojas e trânsito. Se essa não é sua praia troque a parada lá por mais um dia em Cusco.

Vou pensar direitinho e tentar me lembrar de mais dicas. Inteh

Sillustani

Muito bem, vamos aos lugares que não publicamos por falta de tempo.
No segundo dia em Puno, antes de seguirmos para Juliaca e pegarmos o avião, fomos conhecer as tumbas de Sillustani.
No caminho haviam muitas casas do moradores locais feitas de pedras com lhamas na frente.

É um lugar muito calmo onde temos tumbas Incas e Pré Incas. Elas são em formato de torres com pequenas portas na base. Estas portas eram pequenas para que ao entrar a pessoa se inclinasse e assim reverenciasse ao Inca que estava sepultado lá.

Por falar nisso, em nossos passeios, descobrimos que a palavra inca não se refere ao povo e sim ao Imperador.
Somente ele era o Inca, o povo eram os quechuas.
Haviam mulheres que moravam dentro destas torres. Elas tinham que ficar lá o tempo todo com o propósito de poder se comunicar com o falecido.
Lá encontramos os tradicionais templos para o sol e templo para a Lua, onde Xamãs fazem seus rituais durante os sosticios.

O lugar está localizado em um planalto de onde podemos observar toda a redondeza e o lago logo abaixo. Um lugar muito lindo e tranquilo.

Lima - City Tour

Então. Vamos descrever nosso passeio em Lima.
Iniciamos pelo city tour que estava incluso no nosso pacote de Viagem.
A bordo de um ônibus rodamos pelos principais bairros de Lima.
Miraflores, é um bairro muito charmoso com vários hotéis, onde também estava o nosso, muitos restaurantes, grandes shoppings e lojas como a Saga Falabella e a Ripley.
San Isidro é o bairro mais chique e caro da cidade. Nele encontramos grandes casas em estilo europeu.
Exitem muitas casas em estilo modernista, com teto plano. A guia nos explicou que isso é muito comum em Lima porque lá NUNCA CHOVE!!! O que??? Pois é, pessoal, nós também achamos estranho mas depois fomos reparando que era verdade. Postos de gasolina sem cobertura, escadas rolantes ao ar livre, ônibus sem teto, shoppings a céu aberto. Parece que realmente é verdade.

Depois fomos para o centro. Para mim pareceu muito com o centro de São Paulo com seus prédios históricos, só que aqui, ao invés da guia dizer: cuidado com suas câmeras e carteiras, ela disse: cuidado ao atravessar a rua. Os motoristas em Lima são bastante agressivos. É verdade, mesmo em grandes avenidas vimos pouquíssimos faróis. Aqui vale a lei do mais forte. Você embica o seu carro e vai forçando até conseguir passar. Caótico.

Visitamos algumas praças, uma catedral e suas catacumbas. Nessas catacumbas o cheiro de mofo era quase insuportável. Em valas comuns de até 5 metros de profundidade vimos milhares de ossos humanos empilhados. Segundo o guia havia ali restos mortais de 25 mil pessoas. 

Catacumbas - lá dentro não era permitido fotografar

Depois a guia nos deu a opção de, em vez de voltarmos ao hotel, descermos no shopping Larcomar.
Este é um shopping ao ar livre que fica no bairro de Barranco. O bairro tem esse nome pois fica em cima de um enorme barranco de mais de 20 metros de altura de frente para a praia.
Cheio de lojinhas legais foi o lugar onde almoçamos. Lá ainda existe KFC e eles ainda tem sevenUp.

Almoçamos, as meninas compraram lhamas e seguimos para o nosso próximo ponto turístico. Huaca Pucllana ( se diz pulhana). Uma pirâmide de blocos de adobe que só foi descoberta há uns 5 anos. Antes disso eles achavam que era um monte de areia no meio de um bairro de casas.
Toda composta de tijolos sobrepostos esse templo era usado para sacrifícios humanos. Em sua maioria mulheres mas também crianças e lhamas.

Nesse lugar também vimos alguns animais típicos da região. Lhamas, alpacas, porquinhos da índia e o cão peruano. Ele existe há mais de 4000 anos e sua aparência é bem estranha.

Depois voltamos para nosso hotel e nos preparamos para jantar no La Rosa Nautica. Este restaurante fica na praia, banhado pelo Pacífico.
A Dé só pôde tomar uma sopinha, eu comi um coelho e a Lary pediu um prato de frango com tomates.
Comemos com as ondas batendo no piso do restaurante. O barulho, confesso, era um pouco assustador. Parecia até que as ondas iriam invadir o restaurante a qualquer minuto. Fora isso, o serviço era cheio de pompa e a comida muito bem apresentada.

 Acabamos o jantar e voltamos ao nosso hotel para esperarmos o transfer para o aeroporto.

Excesso de bagagem

Pois é... e eu achando que somente na volta de Lima / São Paulo teríamos que fazer malabarismos para distribuir o peso das bagagens... que nada! Tivemos de pagar (eu e a Dé) excesso de bagagem no vôo doméstico de Juliaca / Lima. Tudo bem que não foi nada extraordinário: 22 dólares no total...



Ultrapassamos em 3kg cada uma... fato estranho, levando-se em conta que estávamos com o que levamos dentro da mala e as coisas mais pesadas estavam na mochila.

E no vôo de Lima / São Paulo carregamos tudo nas mãos e mochila (eu estava com praticamente uns 15 kg distribuidos em bagagens de mão, hehehe) e quando fomos despachar as malas, a surpresa: 6kg a menos do que pesamos em Juliaca. Sacanagem da LAN? :)

Tudo deu certo, apesar de quase morrermos para carregar todo o peso desnecessário nas bagagens de mão... mas tudo valeu muito a pena e já estou planejando outra viagem para lá...

* Promessas de viagem: Eu prometo levar menos roupas e sapatos na próxima viagem. JURO! Desta vez, de tudo que levei, pelo menos uns 60% não usei... hehe!

De volta a São Paulo

Chegamos!!!
Depois de embarcar as 00:50 em Lima, em um voo de quase 5 horas em um avião bem menor que o da ida chegamos a São Paulo. Era umas 8:00 da manhã. O Beto foi nos buscar e enfrentou 2 horas de congestionamento pra chegar até Guarulhos.
Passamos no free shopping para as últimas compras, aduana e finalmente seguimos para casa.
Eu confesso que estava um pouco preocupada com a aduana porque no fim a Lary acabou chegando com a mala, a bolsa, umas 3 sacolas, a malinha da câmera e mais uma caixa do Free shopping. Mas deu tudo certo, o aeroporto estava tão lotado de gente desembarcando e haviam pessoas com uma tal quantidade de imensas malas que o que a gente tinha era fichinha.
Passamos tranquilas. Ao chegar em casa abri a mala, dei os presentes para o Beto e dormi. Acordei umas 3:30 da tarde. Fiz o almoço e dormi novamente. Só acordei hj de manhã.
Seguem fotos de algumas lembrancinhas da viagem.

Kira kira de touquinha peruana

Mancha roxa esverdiada de um tombo no banheiro do hotel de Ollantaytambo - Vale Sagrado

Meu tênis destruído depois de subir as ruínas de Machu Picchu e ser encharcado nas Ilhas de Urus - Lago titicaca

Depois coloco fotos das compras que fizemos.

Lima

Muito bem senhores, estamos chegando ao final de nossa viagem: Lima.
Desta vez chegamos mais cedo, as 8:30 em um domingo e desta vez a cidade nos pareceu muito mais atrativa que a nove dias atrás.
Agora havia vida, as lojas estavam abertas, jovens caminhando pela ruas, bares lotados e o cheiro de peixe estava bem mais fraco.
Esta manhã fomos a um city tour pela cidade e pudemos ver suas belezas que vão muito além do que havíamos visto da outra vez.
Daqui a umas 4 horas estaremos embarcando de volta a São Paulo. Por isso vamos tentar aproveitar estes últimos momentos no Peru.
Prometemos que quando chegarmos a São Paulo, com muito mais tempo e conecções melhores, contaremos todos os detalhes que ficaram faltando e colocaremos muito mais fotos.
Até logo. Já já estamos ai.
bjos a todos

Puno e o lago Titicaca

Bom, Puno tem uma altitude de 3.830m e é ainda maior do que a de Cusco.
Puno em si é um lugar sombrio e desinteressante, se não levar em conta a impressionante geografia.

Infelizmente a Dé passou mal e teve que ficar descansando no hotel por hoje e não fez o passeio com a gente..

O maior lago da América do Sul e o maior corpo aquático navegável do mundo, o Titicaca é considerado há muito tempo um lugar sagrado entre os povos andinos nativos.

As ilhas do Titicaca - tanto as construídas pelo homem quanto as naturais, abrigam várias comunidades de índios Quechua e Aymara, grupos com tradições e modos de vida marcadamente diferentes.

O sol é extraordinariamente intenso a esta altitude. Fiquei com o rosto vermelho mesmo usando protetor solar fator 30!

AS ILHAS FLOTANTES DE UROS (5 km de Puno)

Os habitantes de Uros do lago Titicaca vivem em ilhas flutuantes feitas à mão, com totoras que crescem em abundância nas águas rasas do lago.
A sensação ao pisar nestas ilhas é realmente estranha.

Caminho às islas flotantes - o tempo estava nublado ainda

O junco abaixo (há 2m) e a parte de totoras acima (1m de espessura)

Pescadores e caçadores de pássaros, eles vivem agrupados por setores familiares e famílias inteiras vivem em cabanas de teto de palha com um ambiente só, construídas sobre a instável ilha de junco que flutua embaixo.

Eles constroem casas modestas e esplêndidas gôndolas com belos arcos de cabeça de animal com o junco e precisam repor constantemente as camadas de totora, que apodrecem com rapidez e que formam suas frágeis ilhas.

A energia que estas ilhas possuem são com painéis solares e, apesar da aparente rusticidade, eles tem TV e rádio.

Os habitantes da ilha que conhecemos foram extremamente gentis e simpáticos. Começamos com a explicação em forma de maquetes de como são feitas as ilhas.

A maquete indicando como funciona a ilha

Depois fomos agraciados por canções típicas em várias línguas, inclusive Quechua, Aymara, francês, inglês...

Eu até ganhei um colarzinho por ter quase acertado a profundidade que se encontrava aquela ilha, eeeeeee!!!!! Eram 17m e eu tive o chute mais perto: 18m.

Experimentamos também a parte branca da totora, que apesar de não ter gosto, é boa e rica em nutrientes.

Faz cara que tá gostoso, ci!

Depois fomos todos convidados a conhecer o interior das casas de junco e ver como eles vivem.

E claro, fizemos o passeio na gôndola! Hehehe!!

O adeus da família que vive nesta ilha

ILHAS TAQUILE (35 km de Puno)

Taquile é uma ilha muito bonita, sem veículos, sem eletricidade (se utilizam dos painéis solares também) e nos oferece uma vista incrível do lago Titicaca.

As vestimentas dos homens são bem interessantes: vestem cintos bordados de lã e gorro tão justamente tricotados que podem segurar água - que indicam seu estado civil: vermelho para homens casados e vermelho e branco para solteiros. As mulheres vestem saias em camadas e xales pretos sobre suas cabeças.

O gorro indica que este homem é casado

A ida demorou cerca de 1h15 desde a ilha flutuante de Uros. Ao chegar, andamos bastante, tivemos um belo almoço, que incluía uma sopa de quínua muito saborosa e o prato principal tinha peixe (trucha), arroz e batata (e até a Cidoca comeu o peixe, fato inédito!!!)

A Ci com o prato principal

A mesa onde comemos, ao ar livre e com vista para o Titicaca

A boa sopa de quinua e vegetais... deliciosa!

Depois fizemos uma caminhada de 2km para apreciar a vista da ilha numa altura de uns 200 e poucos metros. Havia muitas ovelhas e bovinos... claro que tem fotos do caminho!

Pegamos o barco de volta e aí percebemos o quanto desgastada estávamos.

O guia até nos ofereceu um passeio para um lugar místico onde há uma porta tridimensional, que nos leva à 4ª dimensão. Acabamos não indo, porque o local era a 1 hora e meia de Puno e a Dé estava sozinha no hotel.

Já eram 16h30 (18h30 no horário do Brasil) e resolvemos descansar em nosso quarto. A vista à noite é maravilhosa - bem diferente da visão que temos de dia... agora vamos jantar e amanhã podemos aproveitar a manhã livre antes de virem nos buscar para visitar algumas ruínas e depois ir a Juliaca pegar o vôo até Lima.